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Artigos sobre o Sri Vidya Havan 

Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya

Artigos sobre o Sri Vidya Havan 

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या देवी सर्वभूतेषु मातृरुपेण संस्थिता |
नमस्तस्यै नमस्तस्यै नमस्तस्यै नमो नमः ||

O Sri Vidya Havan será realizado na sexta-feira, 21 de março de 2014, no Sri Ramanasramam. Esta é uma elaborada adoração à Mãe Divina – como ordenada nas escrituras sagradas. Os sacerdotes fazem oblações ao fogo, concluindo com o Purna Ahuti – que simboliza a oferenda total de si mesmo.

A Mãe Divina

Os textos sagrados hindus dizem que o brilho Divino do Senhor Shiva Supremo se manifestou numa Forma cósmica feminina para confrontar e destruir demônios muito poderosos que disseminavam a perversidade no universo. Os Sábios sentiram uma gratidão imensa pela intervenção compassiva da Mãe Divina. Eles compuseram liturgias em Sua glória e determinaram procedimentos a serem seguidos para louvá-La corretamente.

Sri Ramana Maharshi e a Mãe Divina

Sri Ramana Maharshi compôs um verso em tâmil que transmite a advertência dada pela Mãe Divina às pessoas más. Em The Collected Works of Sri Ramana Maharshi, sob o título Sri Arunachala Mahatmya (A Glória de Arunachala), Maharshi cita a advertência que a Mãe Divina deu às pessoas más:

"Devi disse:

 

“Aqui será sempre a moradia dos devotos piedosos. Aqueles que fazem mal aos outros aqui, depois de sofrerem, serão destruídos. As pessoas más ficarão totalmente desprovidas de seus poderes de fazer o mal num piscar de olhos. Não caia no fogo ardente da ira do Senhor Arunachala, que assumiu a forma de uma Montanha de Fogo.”

O interesse de Sri Ramana Maharshi no Meru Prasthara Chakra

 

Encontramos o trecho seguinte num livro escrito por Sadhu Arunachala (Major Chadwick):

“Bhagavan estava profundamente interessado no Templo que estava sendo construído sobre o túmulo de sua mãe. Ele participou de todas as etapas relacionadas a isso, colocando suas mãos nos vários objetos que seriam colocados nas paredes para abençoá-los. À noite, quando não havia ninguém por perto, ele andava em círculos e ao redor da construção, consagrando-a. No que quer que seja, uma participação assim dele, tão demonstrativa, tem um significado muito profundo. Foi algo extremamente raro e duvidado por muitas pessoas, mas eu mesmo testemunhei essas coisas e posso atestar a veracidade delas.

 

"Ele se interessou particularmente pelo corte do Sri Chakra Meru em granito que foi instalado no Templo e que é adorado regularmente. Ele é um quadrado de quarenta e cinco centímetros e que fica a uma altura proporcionalmente elevada. Na época do Kumbhabhishekam, na penúltima noite antes que a água sagrada fosse derramada por cima das imagens, ele supervisionou pessoalmente a instalação no interior do santuário. Foi uma noite extremamente quente, e com três carvões de retorta para derreter o cimento, o calor ficou mais intenso e provavelmente beirou o intolerável, pois não havia muito ar no interior, mas durante uma hora e meia Bhagavan ficou sentado lá dentro, dizendo aos trabalhadores o que fazer.

 

"Na última noite do evento, ele percorreu o local em procissão e, abrindo as portas do Salão Novo e do Templo, ele foi direto ao Santuário Interno, onde ficou parado por cinco minutos com as duas mãos no Sri Chakra para abençoá-lo. Por acaso, eu passei aquela noite junto dele; isso era incomum, pois eu evitava participar das aglomerações ativamente, preferia ficar observando a distância. Estranhamente, algo me fez ficar perto dele naquela ocasião, e por causa disso eu consegui entender seu profundo interesse pelo Templo, e especialmente pelo Sri Chakra. Foi por causa desse entendimento que, depois do falecimento de Bhagavan, eu fui essencial para convencer as autoridades do Ashram a instituir as Pujas ao Sri Chakra seis vezes por mês. A explicação para essa ação incomum de Bhagavan pode ser a necessidade de Shiva sempre estar acompanhado de Shakti. Caso contrário, o mundo pararia. Na única ocasião em que essa Puja foi realizada durante a vida de Bhagavan – logo após a dedicação do Templo (à mãe de Bhagavan) – ele se recusou a jantar e insistiu em testemunhar tudo até o fim. Quando alguém comentava o quanto aquilo tinha sido magnífico, e dizia que aquelas pujas deveriam ser realizadas regularmente, ‘Sim,’ respondia Bhagavan, ‘mas quem se dará ao trabalho?’ É algo que está sendo feito agora, e certamente com as bênçãos de Bhagavan.

 

"Acho que nenhuma das pessoas que escreveu sobre Bhagavan e o Ashram comentou sobre o fato extraordinário de nós termos um Templo consagrado por um Jnani; devem ser pouquíssimos, e isso deve ter algum significado mais profundo. Muitos devotos que vêm até o Ashram têm tempo apenas para o Samadhi, onde Bhagavan foi enterrado. Não alego que eu entendi por que ele fez isso, ou quais serão as consequências, mas é certo que, após ter sido consagrado assim, aquele local sempre será muito sagrado, e seu poder espiritual deve irradiar por toda a Índia.”

Sri Ramana Maharshi inspira hinos sagrados em louvor à Mãe Divina

 

Sri T. K. Sundaresa Iyer – um devoto de longa data e próximo de Sri Ramana Maharshi – escreve em At the Feet of Bhagavan:

“Os devotos de Sri Bhagavan conhecem apenas seu famoso Upadesa Saram e alguns versos ocasionais como Suas contribuições para a ‘Língua dos Deuses’ (o sânscrito). Então, é necessário deixar registrada Sua contribuição para o famoso Uma Sahasram – mil versos dedicados a Uma Devi, a Mãe Divina – composto por Seu grande discípulo, o erudito Sri Kavyakanta Ganapati Muni. Essa história mostra como Maharshi é o coautor dessa composição.

 

"Na época, Sri Bhagavan morava no Templo Pachaiamman, a morada de Maragathambal (Parvati, a consorte de Shiva), nas encostas do nordeste de Sri Arunachala. Naquele período, Maharshi se sentava e dormia numa rede pendurada entre dois pilares de pedra e era balançado como uma criança por Seus amorosos pupilos.

 

"Sri Kavyakanta tinha composto setecentas estrofes dedicadas a Uma em cerca de trinta métricas diferentes, e anunciara para seus devotos em várias partes do país que seu poema seria consagrado em uma sexta-feira, no Santuário de Sri Uma, no grande Templo de Sri Arunachaleswara. Mais de cem pessoas se reuniram no Templo Pachaiamman para presenciar a recitação. Ora, esses versos em sânscrito não eram uma mera manifestação intelectual de Sri Kavyakanta, por mais que ele fosse excelente ao compor em sânscrito. A prova de sua grande capacidade intelectual pode ser o fato de que, na presença dos líderes das Udipi Maths (Monastérios de Udipi), ele compôs de improviso, em uma única hora, os cem versos do Ghantaa Sataka, incluindo o que havia de melhor nos ensinamentos das três principais escolas da filosofia hindu.

 

"O Uma Sahasram é diferente de outras composições por ser 'pasyanti vak', isto é, o texto foi revelado pela Mãe Divina em Suas próprias palavras para um adepto do Kundalini Yoga (Sri Kavyakanta).

 

"Na véspera do dia da consagração, após o jantar, por volta das 20h, Sri Maharshi pediu a Sri Kavyakanta para adiar a consagração para outra sexta-feira, pois trezentos versos ainda precisavam ser compostos para completar os mil. Mas Sri Kavyakanta garantiu para Bhagavan que completaria o poema imediatamente.

 

"Para quem não testemunhou, é quase impossível acreditar na cena que aconteceu depois. Sri Maharshi sentou-se em silêncio, meditando profundamente como o silencioso Senhor Dakshnamurti. Os discípulos ansiosos observavam com tensão, admirando o fluxo suave da música divina em versos em sânscrito que saía dos lábios da grande personalidade magnética de Sri Kavyakanta. Ele ficou parado, apresentando os versos ininterruptamente, enquanto os discípulos anotavam as palavras ansiosamente. Ah, que êxtase foi aquilo tudo! A vida só é realmente abençoada se a pessoa vivencia esses momentos divinos.

 

"O Uma Sahasram foi finalizado em várias métricas: madalekha, pramanika, upajati aryagiti, entre outras. Por um tempo, os discípulos presentes desfrutaram do êxtase profundo do silêncio que permeava a atmosfera enquanto Sri Kavyakanta concluía com o tipo comum de colofão. Depois, Sri Bhagavan abriu os olhos e perguntou, 'Nayana, tudo que eu disse foi anotado?' Sri Ganapati Muni respondeu com prontidão e gratidão, 'Bhagavan, tudo que Bhagavan inspirou em mim foi anotado!'"

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