Ekatma Panchakam: Aprenda a Cantar
Verso 1
Quando, esquecendo o Eu, alguém pensa
Que é o corpo e passa por
Inúmeros nascimentos
E no final lembra e se torna
O Eu, saiba que isso é como
Despertar de um sonho em que
Alguém vagou pelo mundo inteiro.
Transliteração
Tannai maṛandu tanuvē tānā-eṇṇi
Eṇṇil piṛavi eḍut tiṛudi – tannai
Uṇarndu tānā-dal ulagasañ charak
Kanavin vizhit-talē kāṇga – anavara-dam
Verso 2
Você sempre é o Eu. Perguntar-se
“Quem sou eu e onde estou?”
É como um bêbado perguntar
“Quem sou eu?” e “Onde estou?”
Transliteração
Tānirun-dun tānā-gat tannaittā nānevan
Yān-irukkum stānam edu-venakkēt – pānukku
Yānevan evviḍam yānuḷan enḍṛa-madu
Pāna-nai yīḍu pagar-satcid – ānandat
Verso 3
O corpo está dentro do Eu. Mas
Você acha que está dentro do corpo inerte,
Como um espectador que supõe
Que a tela em que o filme é projetado
Está dentro do filme.
Transliteração
Tannuḷ tanu-virukkat tānach jaḍa-vuḍalan
Tannuḷ irup-padāt tānunnum – anna-van
Chitti-rattin uḷḷuḷada chitti-rattuk kādāra
Vastira menḍṛeṇ-ṇuvān pōlvān – vastu-vām
Verso 4
Um ornamento de ouro existe
Separadamente do ouro? O corpo pode existir
Separadamente do Eu?
O ignorante pensa “eu sou o corpo”;
O iluminado sabe “eu sou o Eu”.
Transliteração
Ponnukku vēṛagap bhūsha-ṇam uḷḷadō
Tannai viḍut tanu-vēdu – tannai
Tanu-venbān ajñāni tānā-gak koḷvān
Tanai-yaṛinda jñāni darippāi – tana-doḷiyāl
Verso 5
Somente o Eu, a Realidade Única,
Existe para sempre.
Se na antiguidade o Primeiro dos Mestres (Dakshinamurti)
O Revelou por meio de um silêncio ininterrupto
Quem pode revelá-Lo com palavras?
Transliteração
Eppō-dum uḷḷadav ēkānma vasttuvē
Appō-dav vasttuvai yādi-Guru – ceppādu
Ceppit teri-yumā ceidanarē levar
Ceppit teri-vippar ceppu-gena – ippōdav
Verso Final
Guru Ramana, que se regozija na forma do (puro) jnana,
Compôs estes cinco versos sobre o Eu.
Neles, declara-se a natureza da Realidade,
Que destrói a ilusão de que o corpo é o Eu.
Transliteração
Ekanma vuṇmai yinait-tenat tēṭṛiyan-bar
Dēhānma bāvañ cidai-vittān – ēkānma
Jñāna sorūpa-mā naṇṇuṅ Guru-Ramaṇan
Tān-navinḍṛa ippāviṛtan.
(Traduzido pelo Prof. K. Swaminathan)